Após a sanção da Lei complementar n° 150/2015, novos direitos foram regulamentados em prol dos trabalhadores domésticos.
Os novos direitos da empregada (o) doméstica (o) passaram a ser usufruídos logo após a edição da lei, como por exemplo, adicional noturno, intervalos para descanso, férias de 30 dias, aviso prévio proporcional ao tempo de serviço e seguro desemprego, além de horas extras, FGTS, etc.
Para ter direito a estes benefícios, os trabalhadores domésticos precisam prestar serviços mais de 2 vezes por semana de forma continua à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas.
Dos direitos em vigor, destaca-se:
Salário mínimo
Salário mínimo nacional. Em alguns Estados existem leis garantindo um piso salarial superior ao salário mínimo para a categoria, que deve ser observado pelo empregador.
Jornada de Trabalho
A Jornada de trabalho estabelecida pela Constituição é de até 44 horas semanais e, no máximo, 8 horas diárias. Os empregados domésticos podem ser contratados em tempo parcial e, assim, trabalhar jornadas inferiores às 44 horas semanais, recebendo salário proporcional à jornada trabalhada.
Mediante acordo escrito entre empregador e empregados (as) domésticos (as), pode ser adotada a jornada 12 x 36, que consiste em trabalhar por 12 (doze) horas seguidas e descansar por 36 (trinta e seis) horas ininterruptas.
Conforme a Lei Complementar nº 150, de 2015, o intervalo intrajornada pode ser concedido ou indenizado. Assim, se o (a) empregado (a) trabalhar as 12 (doze) horas seguidas, sem intervalo, terá direito de receber o valor de 1 (uma) hora com o adicional de 50%. O descanso semanal, os feriados e as prorrogações do horário noturno, quando houver, já estão compensados na jornada 12 x 36. Essa jornada é mais comum na relação de emprego doméstico e para os empregados que trabalham como cuidadores de idosos ou de enfermos.
A Lei Complementar nº 150, de 2015 estabelece a obrigatoriedade da
adoção do controle individual de frequência. Além disso, a jornada deve ser
especificada no contrato de trabalho.
Hora extra
O adicional respectivo será de, no mínimo, 50% a mais que o valor da
hora normal (artigo 7º, parágrafo único, da Constituição Federal).
Quando da ocorrência de jornada extraordinária, tem de haver o pagamento
de cada hora extra com o acréscimo de, pelo menos, 50% sobre o valor da hora
normal.
O valor da hora normal do(a) empregado(a) é obtido pela divisão do valor do salário mensal (bruto) pelo divisor correspondente. O valor encontrado deverá ser acrescido de 50%, encontrando-se o valor da hora extraordinária. Esse resultado, que corresponde a uma (1) hora extra, será multiplicado pelo número de horas trabalhadas.
O divisor para o(a) empregado(a) que trabalha 44 horas semanais (8 horas diárias, de 2ª a 6ª feira e 4 horas no sábado, por exemplo) é 220. Já para o que trabalha 40 horas semanais (8 horas diárias, de 2ª a 6ª feira, por exemplo) é 200.
Banco de Horas
A Lei Complementar 150/2015 instituiu o regime de compensação de horas
extraordinárias (banco de horas) para o empregado doméstico, com as seguintes
regras:
Será devido o
pagamento das primeiras 40 horas extras excedentes ao horário normal de
trabalho;
As 40 primeiras horas
poderão ser compensadas dentro do próprio mês, em função de redução do horário
normal de trabalho ou de dia útil não trabalhado;
O saldo de horas que
excederem as 40 primeiras horas mensais poderá ser compensado no período máximo
de 1 (um) ano;
Na hipótese de
rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da
jornada extraordinária, o empregado fará jus ao pagamento das horas extras não
compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data de rescisão.
Remuneração de horas
trabalhadas em viagem a serviço
Os(as) empregados(as) domésticos(as) que prestarem seus serviços acompanhando o(a) empregador(a) em viagem a serviço terão computadas as horas efetivamente trabalhadas na viagem e terão direito a receberem um adicional de, no mínimo, 25% (vinte cinco por cento) sobre o valor da hora normal, para cada hora trabalhada em viagem. O pagamento do adicional pode ser substituído pelo acréscimo no banco de horas, mediante prévio acordo entre as partes. Nesse caso, por exemplo, se o(a) empregado(a) trabalhou 10 (dez) horas em viagem a serviço, terá direito a um crédito de 12,5 horas no seu banco de horas e ele será utilizado a critério do(a) empregado(a).
Intervalo para refeição e/ou descanso
Para a jornada de 8 (oito) horas diárias, o intervalo para repouso ou alimentação será de, no mínimo 1 (uma) e, no máximo, 2 (duas) horas. Mediante acordo escrito entre empregado(a) e empregador(a), o limite mínimo de 1 hora pode ser reduzido para 30 minutos.
Quando a jornada de trabalho não exceder de 6 (seis) horas, o intervalo
concedido será de 15 (quinze) minutos.
O(a) empregado(a) poderá permanecer na residência do(a) empregador(a), durante o intervalo para repouso e alimentação (não computado como trabalho efetivo); entretanto, se o período de descanso for interrompido para o empregado prestar serviço, será devido o adicional de hora extraordinária.
No caso de empregado(a) que reside no local de trabalho, o período de intervalo poderá ser desmembrado em 2 (dois) períodos, desde que cada um deles tenha, no mínimo, uma 1 (hora), até o limite de 4 (quatro) horas ao dia. Os intervalos concedidos pelo(a) empregador(a), não previstos em lei, são considerados tempo à disposição, por isso, devem ser remunerados como serviço extraordinário, se acrescidos ao final da jornada (Enunciado nº 118, do TST).
Adicional noturno
O empregador doméstico tem de pagar o adicional noturno aos empregados (as) domésticos(as) que trabalhem no horário noturno, assim entendido aquele que é exercido das 22:00 de um dia às 05:00 do dia seguinte. A remuneração do trabalho noturno deve ter acréscimo de, no mínimo, 20% (vinte por cento) sobre o valor da hora diurna.
Além do pagamento do adicional noturno, o cômputo da quantidade de horas
trabalhadas nesse horário é feito levando-se em conta que a hora dura apenas 52
minutos e 30 segundos. Isso significa, na prática, que sete horas contadas no
relógio integralmente realizadas no período noturno correspondem a 8 (oito)
horas trabalhadas.
É importante lembrar que se o empregado prorrogar sua jornada, dando
continuidade ao trabalho noturno, essa prorrogação será tida como trabalho
noturno, mesmo o trabalho sendo executado após as 05:00.
Uma forma simples de se fazer essa conversão é dividir-se por sete a
quantidade de horas de relógio trabalhadas e o resultado multiplicar-se por oito.
Por exemplo, se um empregado trabalha das 18:00 às 23:00, isso significa que
ele trabalha 4 (quatro) horas no período normal de trabalho (das 18:00 às
22:00) e trabalha uma hora de relógio dentro do horário noturno (das 22:00 às
23:00), A hora trabalhada no período noturno deve ser convertida tomando 1h
dividida por 7 (sete) e multiplicada por 8 (oito) o que equivale a 1,14 hora
noturna trabalhada. Assim, a jornada total do trabalhador será a soma das horas
trabalhadas em período normal e a hora equivalente noturna, ou seja, de 5,14
horas.
Repouso semanal remunerado
Deve ser concedido ao (à) empregado (a) doméstico (a) descanso semanal
remunerado de, no mínimo, 24 (vinte e quatro) horas consecutivas,
preferencialmente aos domingos, além de descanso remunerado em feriados. O
descanso semanal deve ser concedido de forma a que o(a) empregado(a)
doméstico(a) não trabalhe 7 (sete) dias seguidos e, havendo trabalho aos
domingos, que esse descanso recaia no domingo no máximo na sétima semana
(Portaria nº 417, de 10 de junho de 1966, com as alterações da Portaria nº 509,
de 15 de junho de 1967) e, se for empregada doméstica, esse descanso deve
coincidir com o domingo, no máximo a cada duas semanas (artigo 386, da CLT).
Feriados Civis e Religiosos
Os empregados domésticos têm direito de folgar nos feriados nacionais,
estaduais e municipais. Caso haja trabalho nesses feriados, o (a) empregador (a)
deve proceder ao pagamento do dia em dobro ou conceder uma folga compensatória
em outro dia da semana (artigo 9º, da Lei n.º 11.324, de 19 de julho de 2006, e
artigo 9º, da Lei n.º 605/49).
Os feriados nacionais são: dia 1º de janeiro (fraternidade universal);
21 de abril (Dia de Tiradentes); 1º de maio (Dia do trabalho); 7 de setembro
(Dia da Independência do Brasil); 12 de outubro (Dia da Padroeira do Brasil); 2
de novembro (Dia de finados); 15 de novembro (Dia da Proclamação da república);
25 de dezembro (Dia de Natal) e o dia em que ocorrem eleições.
Os estados podem estabelecer um feriado estadual e os municípios, quatro
feriados municipais, incluindo a sexta-feira santa.
Os empregados contratados para trabalhar na jornada 12 x 36 já têm
compensados os feriados trabalhados.
Férias
Os empregados têm direito a férias anuais de 30 (trinta) dias e
remuneradas com, pelo menos, 1/3 (um terço) a mais que o salário normal, após
cada período de 12 (doze) meses de serviço prestado à mesma pessoa ou família,
contado da data da admissão (período aquisitivo).
O período de concessão das férias (período concessivo) é fixado a
critério do(a) empregador(a) e deve ocorrer nos 12 (doze) meses subsequentes ao
período aquisitivo.
O (a) empregado(a) poderá requerer a conversão de 1/3 (um terço) do
valor das férias em abono pecuniário (transformar em dinheiro 1/3 das férias),
desde que o faça até 30 dias antes do término do período aquisitivo.
O pagamento da remuneração das férias será efetuado até 2 dias antes do
início do respectivo período de gozo.
O período de férias poderá, a critério do(a) empregador(a), ser
fracionado em até 2 (dois) períodos, sendo 1 (um) deles de, no mínimo, 14
(quatorze) dias corridos.
Caso o(a) empregado(a) doméstico(a) resida no local de trabalho, é a
ele(a) permitida a permanência no local durante o período de suas férias, mas
ele não deve desempenhar suas atividades nesse período.
No término do contrato de trabalho, exceto no caso de dispensa por justa
causa, o(a) empregado(a) terá direito à remuneração equivalente às férias
proporcionais.
13º salário
Esta gratificação é concedida anualmente, em duas parcelas. A primeira
deve ser paga, obrigatoriamente, entre os meses de fevereiro e novembro, no
valor correspondente à metade do salário do mês anterior, e a segunda, até o
dia 20 de dezembro, no valor da remuneração de dezembro, descontado o
adiantamento feito (artigo 1º, da Lei nº 4090, de 13 de julho de 1962, e
artigos 1º e 2º, da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965).
Se o(a) empregado(a) quiser receber o adiantamento, por ocasião das
férias, deverá requerer no mês de janeiro do ano correspondente (artigo 2º, §
2º, da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965).
A emissão do recibo de pagamento do adiantamento e da parcela final do
décimo terceiro salário pode ser feita mediante a utilização do Módulo do
Empregador Doméstico do eSocial.
Licença-maternidade
A empregada doméstica tem direito à licença-maternidade, sem prejuízo do
emprego e do salário, com duração de 120 dias (artigo 7º, parágrafo único,
Constituição Federal). Durante a licença-maternidade, a segurada receberá
diretamente da Previdência Social o salário-maternidade, em valor
correspondente à sua última remuneração, observado o teto máximo da
previdência.
O salário-maternidade é devido à empregada doméstica, independentemente
de carência, isto é, com qualquer tempo de serviço.
O documento comprobatório para o requerimento do salário-maternidade é a
certidão de nascimento do(a) filho(a), exceto nos casos de aborto não
criminoso, ou de a licença iniciar-se antes da ocorrência do parto, quando
deverá ser apresentado atestado médico.
Em caso de parto antecipado, a segurada terá direito aos 120 dias. No
caso de aborto não criminoso, a empregada doméstica tem direito a um
afastamento de 15 dias, o qual deverá ser requerido perante o INSS.
Considera-se parto o evento que gerou a certidão de nascimento ou
certidão de óbito da criança.
A licença-maternidade também será devida à segurada que adotar ou
obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança.
O requerimento do salário-maternidade, em qualquer de suas hipóteses:
parto, adoção ou guarda judicial, pode ser feito pessoalmente em Agência da
Previdência Social (APS) ou pela internet (www.previdenciasocial.gov.br). Caso o
requerimento seja feito pela internet, deverá ser impresso e assinado pela
empregada doméstica e deverá ser encaminhado pelos Correios ou entregue na
Agência da Previdência Social (APS) com cópia do CPF da requerente e com o
atestado médico original ou cópia autenticada da Certidão de Nascimento da
criança.
No período de salário-maternidade da segurada empregada doméstica,
caberá ao a) empregador(a) recolher a parcela da o seguro de acidente de
trabalho e a contribuição previdenciária a seu encargo, sendo que a parcela
devida pela empregada doméstica será descontada pelo INSS no benefício. O FGTS
e a indenização compensatória pela perda de emprego também deverão ser
recolhidos pelo (a) empregador(a) durante a licença maternidade.
Vale-Transporte
O vale-transporte é devido quando da utilização de meios de transporte
coletivo urbano, intermunicipal ou interestadual com características
semelhantes ao urbano, para deslocamento residência/trabalho e vice-versa. Para
tanto, o(a) empregado(a) deverá declarar a quantidade de vales necessária para
o efetivo deslocamento (Lei nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985, regulamentada
pelo Decreto nº 95.247, de 17 de novembro de 1987). A Lei Complementar nº 150,
de 2015 permite ao (à) empregador(a) doméstico (a) a substituição do
vale-transporte pelo pagamento em dinheiro ao(à) empregado(a) doméstico(a) para
a aquisição das passagens necessárias ao seu deslocamento residência-trabalho e
vice-versa.
Estabilidade em razão da gravidez
A empregada doméstica tem direito à estabilidade desde a confirmação da
gravidez até 5 (cinco) meses após o parto a empregada doméstica. Isso significa
que ela não poderá ser dispensada (artigo 25 da Lei Complementar nº 150, de
2015). Mesmo que essa confirmação ocorra durante o prazo do aviso prévio
trabalhado ou indenizado, a empregada doméstica tem direito a essa
estabilidade.
FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
A Lei Complementar nº 150, de 2015 obriga a inclusão dos(das)
empregados(as) domésticos(as) no FGTS, mas essa inclusão só teve de ocorrer 120
dias após sua edição. Com isso, a partir da competência outubro de 2015, o(a)
empregador(a) doméstico(a) é obrigado a recolher o FGTS de seu(sua)
empregado(a) doméstico(a), equivalente a 8% sobre o valor da remuneração paga a
ele.
O recolhimento será feito mediante a utilização do DAE – Documento de
Arrecadação do eSocial, gerado pelo Módulo do Empregador Doméstico.
Seguro-desemprego
A Lei Complementar nº 150, de 2015 regulamentou esse direito dos (das)
empregados(as) domésticos(as), que é garantido aos que são dispensados sem
justa causa. Esses empregados têm direito a 3 (três) parcelas no valor de 1
(um) salário mínimo. O CODEFAT – Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao
Trabalhador regulamentou esse direito por meio da Resolução 754, de 26 de
agosto de 2015.
O seguro-desemprego deverá ser requerido de 7 (sete) a 90 (noventa) dias
contados da data de dispensa, nas unidades de atendimento do Ministério do
Trabalho e Emprego ou órgãos autorizados.
Além de terem de comprovar a dispensa sem justa causa, os(as)
empregados(as) domésticos(as) têm de apresentar, ainda:
Carteira de Trabalho
e Previdência Social, na qual deverão constar a anotação do contrato de
trabalho doméstico e a data de dispensa, de modo a comprovar o vínculo
empregatício, como empregado(a) doméstico(a), durante pelo menos 15 (quinze)
meses nos últimos 24 (vinte e quatro) meses;
Termo de rescisão do
contrato de trabalho;
Declaração de que não
está em gozo de benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto
auxílio-acidente e pensão por morte; e
declaração de que não
possui renda própria de qualquer natureza suficiente à sua manutenção e de sua
família.
O benefício do seguro-desemprego será cancelado, sem prejuízo das demais
sanções cíveis e penais cabíveis:
pela recusa, por
parte do trabalhador desempregado, de outro emprego condizente com sua
qualificação registrada ou declarada e com sua remuneração anterior;
por comprovação de
falsidade na prestação das informações necessárias à habilitação;
por comprovação de
fraude visando à percepção indevida do benefício do seguro-desemprego; ou
por morte do
segurado.
A partir do dia 2 de junho de 2015, data do início da vigência da Lei
Complementar nº 150, de 2015, não é mais necessário aos (às) empregados (a)
domésticos(a) comprovarem que haviam sido feitos os depósitos do FGTS das 15
competências anteriores à rescisão para terem direito ao seguro-desemprego.
Essa exigência era feita aos (as) empregados as) domésticos (as) antes da
promulgação da Lei Complementar nº 150, de 2015, cujas rescisões ocorreram até
o dia 1º de junho de 2015. Isso significa que mesmo os empregados não incluídos
no FGTS, voluntariamente pelos empregadores domésticos, passam a ter direito ao
seguro-desemprego se suas rescisões ocorrerem do dia 2 de junho de 2015 em
diante, desde que comprovem os demais requisitos.
Salário-família
O (A) empregado (a) doméstico (a) de baixa renda tem direito de receber
o salário-família, cujo valor depende da remuneração do (a) empregado (a)
doméstico a) e do número de filhos com até 14 (quatorze) anos de idade. O A)
empregador (a) doméstico (a) é quem paga o benefício ao (à) empregado (a)
doméstico (a) e abate o valor pago, quando do recolhimento dos tributos devidos
por ele. Esse pagamento irá iniciar-se a partir da competência outubro de 2015
e a compensação dos valores pagos a título de salário-família será realizada
diretamente no Módulo Doméstico do eSocial no momento de preenchimento da folha
de pagamentos do mês. Para a obtenção do direito, o (a) empregado (a) doméstico
(a) tem de apresentar ao (à) empregador(a) cópia da certidão de nascimento dos
filhos com até 14 anos de idade. Não é necessário o cumprimento de carência, ou
seja, já a partir do primeiro mês de trabalho, o a) empregado a) doméstico(a)
tem direito a esse benefício.
Aviso prévio
No caso de aviso prévio dado pelo a) empregador (a), a cada ano de
serviço para o (a) mesmo (a) empregador (a), serão acrescidos 3 (três) dias,
até o máximo de 60 (sessenta) dias, de maneira que o tempo total de aviso
prévio não exceda de 90 (noventa) dias (artigo 7º, parágrafo único, da Constituição
Federal, e art. 23 da Lei Complementar nº 150, de 2015). No pedido de demissão,
o (a) empregado (a) tem de avisar ao seu (sua) empregador (a) com antecedência
mínima de 30 dias. Por exemplo, se um (uma) empregado (a) tem 1 ano e 2 meses
de tempo de serviço, seu aviso prévio deverá ser de 33 (trinta e três) dias.
No pedido de demissão, o (a) empregado(a) tem de avisar ao seu(sua)
empregador(a) com antecedência mínima de 30 dias. Não há o acréscimo de 3
(três) dias para cada ano de tempo de serviço.
A contagem do prazo do aviso prévio se inicia no dia imediatamente
posterior ao da comunicação.
No caso de dispensa imediata, ou seja, sem a concessão do aviso prévio,
o a) empregador (a) deverá efetuar o pagamento relativo aos dias do
aviso-prévio, conforme acima descrito, computando-os como tempo de serviço para
efeito de férias e 13º salário. Quando for exigido o cumprimento do aviso vale
acrescentar que, nesse caso, a jornada do (a) empregado (a) deverá ser reduzida
em 2 (duas) horas diárias ou o(a) empregado(a) poderá escolher por trabalhar a
jornada diária normal, sem a redução das 2 (duas) horas diárias, e faltar ao
trabalho por 7 (sete) dias corridos, ao final do período de aviso concedido,
sem prejuízo do salário integral.
Já a falta de aviso-prévio por parte do (a) empregado (a) dá ao (à)
empregador (a) o direito de descontar os salários correspondentes ao respectivo
prazo.
O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo (a) empregado (a). O
pedido de dispensa de cumprimento não exime o (a) empregador (a) de pagar o
valor respectivo, salvo comprovação de haver o a) empregado (a) obtido novo
emprego (Súmula 276, do TST).
Relação de emprego protegido contra despedida arbitrária ou sem justa
causa
A garantia da relação de emprego é feita mediante o recolhimento mensal,
pelo (a) empregador (a), de uma indenização correspondente ao percentual de
3,2% sobre o valor da remuneração do (a) empregado (a). Havendo rescisão de
contrato que gere direito ao saque do FGTS, o (a) empregado (a) saca também o
valor da indenização depositada. Caso ocorra rescisão a pedido do (a) empregado
(a) ou por justa causa, o (a) empregador (a) doméstico(a) é quem saca o valor
depositado. No caso de rescisão por culpa recíproca, reconhecida pela Justiça
do Trabalho, empregado (a) e empregador (a) doméstico irão sacar, cada um, a
metade da indenização depositada.
Depende. Se no contrato de financiamento da casa própria estiver presente a cláusula de quitação da dívida em caso de invalidez, o segurado do INSS que porventura...